Muito tempo se passou, desde que sai do sitio para estudar na cidade aos 11 anos, no entanto, a lembrança ainda é muito viva em minha mente sobre os lugares das roças o que agricultores, cultivaram a terra, até que tardiamente, os resquícios negativo da revolução verde que iniciou-se no México por vota de 1940 e se alastrou mundialmente influenciando a politica agrícola mundialmente entre as décadas de 1960 e 1970, também chegou lá.
Até então, alimentou 11 filhos fazendo" roças de toco", feito no machado onde cultivava tudo: arroz, feijão, bana, mandioca, aboboras, milho, melancia, quiabo são os que mais me lembro. Também criavam galinha, pato, peru, galinha de angola, porco e é claro, boi. Também havia muitos frutos no quintal: Goiaba, laranja, manga, caju, limão, pocam, cidra, tamarindo. Além disso, nos beneficiávamos da generosidade da natureza que nos presenteava com parte do nosso cardápio que ia desde de peixes, bichos e aves a frutos nativos que complementavam nossa rica e saudável alimentação.
Exceto, sal, açúcar e café, tínhamos tudo que precisamos para nos alimentar. Tínhamos uma vida agroecológica. Tínhamos segurança alimentar. Tínhamos saúde. Eles não sabiam, mas eram adeptos da atual famosa e propagada, agroecologia. Nosso sítio era um sistema agroflorestal. Sem qualquer assistência técnica ou incentivo, praticava-a com total e nos alimentava. Como meu pai mesmo, costumava dizer: na natureza os bichos, as plantas,os passarinhos os peixes. Eles que sabem sobre o tempo. Se a gente olhar bem prá eles, o que eles estão dizendo. podemos saber tudo.Os passarinhos e os bichos, sabem tudo quando vai ter chuva. quando vai fazer frio e quando vai é só olhar o comportamento deles."
Infelizmente, todo esse equilíbrio e os ensinamentos da natureza sucumbiu diante da promessa de produção farta e fácil a partir do uso das sementes hibridas.
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